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Falta de novidades coloca em xeque capacidade de smartphones de inovar





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Um debate move a indústria de smartphones: acabou a capacidade das marcas de continuar inovando? Os novos modelos trazem poucas novidades do ponto de vista tecnológico. E as que surgem não resolvem problemas mais críticos para o usuário, como o fato de as baterias não durarem longos períodos.

O Mobile World Congress, que ocorreu na semana passada em Barcelona e é o principal evento de telefonia móvel do mundo, quase não trouxe telefones (novos, pelo menos) –e debruçou-se mais sobre avanços que estão mais para atualizações do que para mudanças revolucionárias.

Foram poucos lançamentos. Mais raros ainda aqueles que fizeram barulho: o principal deles foi o LG G5, que apostou em um celular modular, composto de peças removíveis e substituíveis.

Mas o aparelho está longe de ser algo como o projeto Ara, do Google, em que o smartphone seria composto de blocos, como peças de Lego. O programa da gigante que criou o Android, no entanto, se arrasta há anos e não dá indício de sair do papel.

Com o Galaxy S7, a Samsung apenas atualizou um modelo sucesso de crítica, mas nem tanto de público. Há melhorias pontuais, como métodos para reforçar o desempenho da câmera em condições de pouca luz e um chip que permite usar o sistema de pagamento Samsung Pay com as antigas máquinas de cartão magnético.

Nada que se compare à transição do S5 para o S6, cujo design colocou a sul-coreana em condições de competir com o iPhone. Mas, para Roberto Soboll, diretor de dispositivos móveis da empresa no Brasil, ainda resta muito tempo antes de a capacidade de inovação no setor se esgotar. "Ainda não é o momento em que vamos passar para novas experiências [como relógios inteligentes e realidade virtual]", diz. Mas pondera: "Esse é um mercado de reposição, já mais maduro".

DISPOSITIVOS

A Samsung apostou em novas experiências em Barcelona. Além do Gear VR, óculos de realidade virtual, levou para o congresso uma câmera capaz de produzir conteúdo para a nova tecnologia, a Gear 360. Todas as maiores fabricantes também trouxeram dispositivos que giram em torno do aparelho, mas que não são inovações embutidas nele.

"É normal que parte da inovação venha do ecossistema em torno do smartphone. É como os apps: muito da inovação acontece neles, que as pessoas baixam depois que o aparelho existe", diz Hiroshi Lockheimer, responsável pelo Android, do Google.

Investir no desenvolvimento de dispositivos que atuem em conjunto com os celulares é uma forma de atacar cedo a estagnação nos smartphones. Tim Cook, chefão da Apple, anunciou em janeiro que espera queda no número de vendas de iPhone no atual trimestre. A Samsung registrou 10% de queda no anterior.

"Por um lado, isso é resultado da dificuldade da diferenciação entre os lançamentos", diz Leonardo Munin, analista da IDC Brasil. Mas ele diz que a queda nos números significa também que as pessoas estão demorando mais a trocar de aparelhos, justamente por terem melhorado nos últimos anos.

Por outro lado, há quem aposte em novos mercados, especialmente quando existem 6 bilhões de acessos a tecnologias móveis no mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). "Há cada cada vez mais importância em países como China, Índia, Indonésia e Brasil. Ainda há um grande caminho de inclusão", diz o vice-presidente da chinesa Xiaomi, Hugo Barra.